sexta-feira, 22 de maio de 2020

Mandaguari Preta (Scaptotrigona postica)

Também é conhecida pelos nomes de Mandaguari, Mijuí, Sanharão e Tibuna. É da turma das abelhinhas pretinhas e das invocadas também, ela defende muito a colonia atacando o possível invasor se enrolando nos cabelos e mordendo (não doí), principalmente tentando entrar nos orifícios (narinas e ouvidos).

Assim como a tubuna, a Mandaguari Preta exala um cheiro característico parecido com coco.


A ABELHA



As abelhas Mandaguari Preta possuem o abdome preto com listras claras amareladas ou ligeiramente prateadas e com as asas amarronzadas, ela mede de 5 a 7 mm.




Durante algum tempo fiquei chamando elas de Tubunas, mas após ser alertado de que as asas estavam meio amarronzadas demais para ser Tubunas me aprofundei mais e conclui que são Mandaguaris, mas com as listras abdominais um pouco mais claras que o amarelo que lhes são comuns, quase prateados.

Na Foto abaixo na imagem 1 elas estão totalmente Tubunas,  na 2 ja estavam mais Mandaguaris e na 3 tem uma captura vídeo acima do momento em que uma bate as asas e mostra varias listras amareladas alem de que as asas estão bem mais amarronzadas agora.




Abaixo um vídeo delas quando a produção está atrasada.



COM QUEM ELA SE PARECE

Há muita semelhança entre as Scaptotrigonas tanto que foram criadas tabelas para comparar.

Ainda há a comparação com outras abelhinhas "pretinhas", com tabela também.


O TUBO DE ENTRADA


Seu tubo de entrada é como uma corneta, sempre muito aberta no final, mede de 3 a 4 cm , é bem largo (cerca de 2 cm).

O NINHO

As operárias constroem vários favos de cria (ou discos de cria) horizontais ou até espirais no centro do ninho. Esta câmara de cria é cercada por camadas de cera, chamado de invólucro, o que ajuda a manter um clima constante na câmara de incubação e no entorno deste invólucro são construídos potes de alimento com mel ou polem.
As rainhas são "Produzidas" em células reais (Realeiras), que são células de cria diferenciadas no tamanho (maiores) que recebem mais alimento e que já contem uma princesa se formando desde o inicio.


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Abelha-de-Óleo (Centris tarsata)

Abelha Solitária
Também conhecida como Mamangava-Pardinha ou Abelha da Acerola. 


Apresenta médio porte e tem pilosidade amarela esverdeada na cabeça e no tórax. Coleta pólen, néctar e óleo de flores de diversas espécies nativas e cultivadas sendo considerada uma excelente polinizadora. Possuem a habilidade de vibrarem as anteras poricidas para coletar pólen. 
São grandes polinizadoras das culturas de Acerola e Caju.


Esta espécie pode construir seu ninho em cavidades pré-existentes, isto é, em células abandonadas de vespas e outras abelhas, em orifícios de madeira, troncos de árvores e em ninhos-armadilha.
Na foto abaixo, exemplos de Hotéis que empresto para elas nidificar.





02/04/2021 - Mais uma cena em um dos hotéis que fiz para elas. Esta está depositando cera para fechar a entrada.




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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Abelha Carpinteira (Xylocopa frontalis)

Abelha Solitária
É uma das cerca de quinhentas espécies de abelhas carpinteiras pertencentes ao gênero Xylocopa.
Recebem este nome pois costumam fazer buracos em madeira mais macia para nidificar.


Eles atingem um tamanho entre 2 a 2,5 centímetros, então eles geralmente são confundidos com Mangangaba: essa confusão pode ser resolvida simplesmente observando o abdômen, que no caso das mangangabas é coberto com pêlos, enquanto que nas carpinteiras as abelhas são mais brilhantes
Como de costume entre as espécies de Xylocopa , X. frontalis não difere morfologicamente dos demais, mas na pigmentação, em que no macho é totalmente amarelo com algumas faixas mais escuras na região abdominal e na fêmea é preta, com suas listras de cor avermelhada ou vermelhas.
Ninho
Elas constroem seus ninhos em madeira escavando buracos cilíndricos de cerca de 1,30 cm de largura por até 25,4 cm de profundidade. Na parte inferior destes ninhos a fêmea deposita uma pasta bola pólen umidificado com saliva, no que coloca um ovo único, em seguida, coberto com serradura aglutinadas novamente com secreções orais, formando assim um tipo de célula. Este processo é repetido, colocando cada uma das novas células antes da anterior, até que o túnel esteja cheio. Como fundo de indivíduos passam por etapas larva e pupa até que o estado de imago, os mais próximos à abertura completam sua metamorfose, primeiro e emergindo primeiro do túnel e seguido em sucessão outros na sequencia.




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Fonte Principal: Wikipedia

Abelha do Suor (Augochloropsis ignita)

Abelha Solitária
Encontrei poucas informações sobre esta abelha, fico grato a quem puder contribuir.
É uma abelha de corpo alongado com tons metálicos, cabeça e tórax em tons verdes e o abdome em vermelho. 

A abelha recebe este nome pois ao que parece ela "curte" uma vibe meio Lambe-Olhos (Leurotrigona muelleri) de coletar secreções nos olhos e na pele de outros animais.

Confirmar o tamanho

Ninho
Carece de informações.



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segunda-feira, 18 de maio de 2020

As principais Uruçus pelo Brasil

Uruçu é a designação que se dá  a abelhas grandes, geralmente com mais de 10 mm de comprimento (mais ou menos do tamanho de uma Apis). Normalmente as abelhas do gênero Melipona recebem a alcunha de Uruçus, mas outros gêneros também podem receber este nome já que o termo se refere ao tamanho das mesmas.
Sempre que vejo alguma notícia sobre Uruçus entro no assunto e me aprofundo cada vez mais, e acabei fazendo um estudo sobre as principais Uruçus distribuídas pelo Brasil, então vamos as conclusões.
O termo "Uruçu Amarela" pode ser atribuído a varias especies de Uruçus com distribuições geográficas bem distintas e as espécies podem ainda ser muito parecidas.
A localização geográfica da área de ocorrência das abelhas está mais relacionada com o Domínio Morfoclimático (ou o Bioma) do que com os limites geográficos dos Estados da federação (UF) em si pois devido a tamanho do Estado o mesmo pode ter mais de um Domínio Morfoclimático, Minas Gerais por exemplo pode ter a Melipona Rufiventris em sua área de cerrado a Nordeste e a Melipona Mondury em sua área de mata Atlântica no Sudeste.


Assim temos a distribuição geográfica das principais Uruçus pelo Brasil com algumas áreas de sobreposição, na região Norte por exemplo há pelo menos quatro espécies de Uruçus que coabitam na mesma área.



Há também o universo das "Uruçus Amarelas".



Caixas didáticas para Abelhas Solitárias

As abelhas solitárias me fascinam  muito e tempos atrás comecei a fazer hotéis para elas para estudar um pouco mais. Basicamente as que encontro e pude identificar em minha região são as Euglosas, as Centris e as Bombus.
Então comecei a desenvolver caixas didáticas para observar o interior dos seus ninhos, este é um modelo comercial composto por um case com vários ninhos cassete (módulos) com um vidro (ou acetato) para visualização. 


Fiz alguns módulos com uma câmara e uma entrada para as Euglosas, pois estas espécies gostam de uma "salinha" e outros módulos com túneis para as Centris.

10/08/2020 - Já temos uma visitante.








quarta-feira, 13 de maio de 2020

Mandaçaia (Melipona quadrifasciata)

Também é conhecida pelos nomes de amanaçaí, amanaçaia, manaçaia e mandaçaia-grande.
Mandaçaia é uma palavra indígena que significa "vigia bonito" devido a característica de sempre ter um Vigia na porta da colonia.
São meu sonho de consumo, quando eu estiver mais experiente vou adquirir uma colonia e iniciar com as Meliponas por elas.
A Abelha


Ela mede de 10 mm a 11 mm de comprimento com o corpo mais robusto e volumoso que o das abelhas comuns do gênero Apis, tendo a cabeça e tórax pretos, abdome com faixas amarelas e asas ferrugíneas. O abdome pode ainda ter variações de cor entre o preto e o Marrom (chocolate).
São extremamente mansas e quando a colonia é numerosa elas chegam a dar "rasantes"  nas ameaças mas não passa disso.
Existem três subespécies de mandaçaia: 
- Melipona quadrifasciata quadrifasciata (MQQ), que possui quatro listras amarelas sobre o dorso negro. 
- Melipona quadrifasciata anthidioides (MQA), que também possui as quatro listras mas interrompidas no meio.
- Hibrida e/ou mestiça que possui variações entre MQQ e MQA resultantes de seu cruzamento, veja o tópico "Riscos" logo abaixo.



O tubo de entrada
Na verdade não chega a ser um Tubo, é uma marcação de barro e resinas depositados (geoprópolis) que formam raios sulcados, é a entrada característica das Meliponas. O orifício tem o tamanho reduzido a ponto da passar somente uma abelha e nele fica o "Vigia Bonito" que controla quem entra ou sai da colonia.
O ninho

As operárias constroem vários favos de cria (ou discos de cria) horizontais no centro do ninho. Esta câmara de cria é cercada por camadas de cera, chamado de invólucro, o que ajuda a manter um clima constante na câmara de incubação e no entorno deste invólucro são construídos potes de alimento com mel ou polem. Os potes de alimento são bem maiores que das outras espécies que vimos até agora.
Elas não constroem células reais (realeiras) , assim a proporção genética determina o numero de princesas que devem nascer nos ovos disponíveis.

Riscos
A quem afirme que a Mandaçaia não corra grandes riscos devido a sua popularidade entre os criadores MAS, ao que parece, segundo o Biólogo Paulo Sirks (esse não manja quase nada de abelhas), estaria ocorrendo uma especiação fora do padrão justamente por esta popularidade e pela exportação das especies para fora de seu bioma de ocorrência. 
As Mandaçaias são endêmicas da Mata Atlântica e segundo Paulo Sirks, há um conceito que  e que a MQA ocorra de São Paulo para o Nordeste. MQQ de São Paulo para o Sul. Então o Estado de São Paulo seria a sobreposição das duas ocorrendo naturalmente a hibridação e que poderia levar milhares de anos para se consolidar. Mas graças ao comercio irresponsável de especies e sua exportação para biomas não originais, corremos o risco de termos Mandaçaias 100% Hibridas no ambiente muito antes do que poderia acontecer naturalmente, e estamos falando de anos. Então seria o adeus as MQA e MQQ.

Por isso é tão importante não introduzirmos espécies em biomas exóticos, assim como ocorre com a Uruçu Nordestina que já é bem presente no Sudeste devido ao comercio irresponsável.


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Fonte principal: Wikipedia