terça-feira, 3 de agosto de 2021

Oxaea flavescens

 Abelha Solitária


Medem cerca de 17 mm, e apresenta o abdome com uma cor verde metálica


Ninho
Elas constroem seus ninhos em madeira escavando buracos buracos no chão.

Distribuição Geográfica


Ela pode ser encontrada no sudeste do Brasil, em partes do sul, centro oeste e nordeste.







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Fonte Principal: Embrapa

terça-feira, 25 de maio de 2021

Meu Extrato de Própolis

Eu normalmente não faço coleta de nada das colônias, elas tem muito trabalho para juntar e fazer tudo, então é melhor deixar pra elas, mas com os ataques de Abelha Limão sobram muitos itens de uso delas, como Mel, cera, própolis, pólen, normalmente eu devolvo para para elas em outras colmeias, mas flanando aqui e ali pela internet, e aproveitando um própolis excedente, resolvi fazer extrato de própolis para o consumo próprio, consegui determinar minha própria receita.

O própolis comercial deve ter um percentual mínimo de 11% de própolis, que normalmente é de Apis. O meu Estou fazendo com 40% de própolis de Jatai.

As receitas que vi indicam o uso de álcool 92 %, eu uso cachaça que tem 39 % de álcool e funcionou muito bem na extração do própolis.

Coloquei em um pote de vidro de 340 ml, 120 g de própolis de Jatai e completei com cachaça até mais ou menos 300 ml do pote, tem que deixar um espaço com ar para poder agitar a mistura pelo menos uma  vez por dia no começo, e depois sempre que lembrar dele. Deixe o pote sempre protegido da luz.

Com 60 dias "curtindo" o própolis coloquei uma colher de café de açafrão em pó e deixei curtir mais 20 dias.

Coei com uma peneirinha bem fina, adicionei uma colher de café de mel de Jatai para cada frasco, e coloquei nestes frascos de 30 ml com conta gotas que comprei na Casa do Mel por R$ 4,35 cada.


Eu tinha feito um teste anterior com álcool 92 %, mas este com cachaça ficou bem mais agradável, uso 10 gotas por dia.

Ao que dizem o própolis tem qualidades antimicrobianas, antifúngicas, antiprotozoários, antivirais e anti inflamatórias, some a isso o Açafrão e o mel e eu acho que vou virar um imortal. Brincadeiras a parte, o senso comum e a ciência levam muito em consideração o potencial medicinal do Própolis, é algo que deve ser muito explorado ainda.




domingo, 23 de maio de 2021

Armadilha para Forídeos

Veja mais sobre Forídeos aqui.

Há quem afirme que este tipo de armadilha atraia os forídeos para perto do meliponário. Pelo que eu percebi, eles já estão sempre por perto, então o melhor a fazer, seria induzir os forídeos a botar seus ovos em armadilhas, para que os nascentes não vinguem e nem aumentem a infestação.

Então estou testando um modelo de armadilha para Forídeos e parece que esta dando certo, tenho apenas que melhorar o método agora.




Fiz uma caixa com 2 compartimentos, um escuro e outro claro, e tuneis que ligam dois potes de vidro, o potes ficam fixados no topo da caixa pelas tampas com espaço suficiente para poder retirar os potes com as mão para fazer a manutenção. Fiz também uma tampa lateral removível. 

Em tempo, as tampas dever ser de plástico pois a de metal são corroídas pela acidez do vinagre.


Veja o esquema, atraído pelo odor o Forídeo entra pelo orifício "A" até o "POTE 1" que contem polem com mel e própolis bem velho e fedido e está em uma câmara escura. 

Notem que o orifício de entrada "B" desce uns 3 cm abaixo da tampa e tem o diâmetro menor que o orifício de saída "C" que esta rente a tampa. è o mesmo principio da armadilha para os peixes Lambaris. Usei canos de cobre destes de instalação de ar condicionado para fazer os alongadores em "B" e "D".

Uma vez dentro do "POTE 1", o Forídeo vai ter mais facilidade para sair pelo orifício "C" pois ele é mais largo e esta rente a tampa, além de receber a iluminação que vem da câmara do "POTE 2", que está com vinagre de Maçã para atrair o mosquito.

Uma vez dentro do "POTE 2" que está na câmara clara o Forídeo vai se afogar no vinagre como em toda armadilha para Forídeo.

Já deu algum resultado, agora fiz mais furos na entrada para aumentar a dispersão do odor e coloquei furtas para apodrecer e aumentar o apelo para as mosquinhas.


19/12/2022 - Aguardei a época do calor e das mangas para avaliar melhor, mas olha só o resultado, se isso não é uma boa armadilha para forídeos, eu não sei o que mais seria.



No meu outro blog tem o teste para uma armadilha para mosquitos que está capturando Forídeos também, pode conferir AQUI.



segunda-feira, 15 de março de 2021

Ataque de abelha Limão contra Jataí


Ocorreram dois ataques de abelha limão em uma semana, a única coisa a considerar é que foram caixas bem consolidadas e sem túnel labirinto, que isso fique guardado como registro.

Tenho notado um aumento de relatos sobre ataques de abelha Limão estes dias.

No segundo ataque tentei a técnica da fumaça mas não surtiu muito efeito, pelo menos nas abelhas, porque em mim deu dois dias de ansiedade, pensa num ex fumante tendo que dar  baforadas de fumo de rolo, muito tenso.

Só consegui salvar o mel e a cera, vou usar para fazer atrativo, extrato de própolis e alimentar as outras abelhas.

Logo em seguida apareceu uma horda de forídeos vasculhando os espólios, me deu muita preocupação com as outras caixas, fiquei dois dias de plantão.

Vejam as cenas, são fortes.




18/05/2021 - hoje tive outro ataque mas consegui intervir a tempo, elas estavam iniciando a invasão. As abelhas limão ficam na entrada exterminando todas as Jatais que saem e que entram, é uma batalha intensa e como a colônia de jatais era forte houve muita resistência, o que me proporcionou o tempo necessário para intervir.
A caixa tem túnel labirinto e com certeza isso colaborou para atrasar a entrada das invasoras.
Retirei da entrada todas a Limão que me foi possível e também abri a caixa para verificar a situação, ainda não tinham invadido em quantidade que poderia ser prejudicial, então coloquei uma tela bem fina na entrada para recolher as que ainda sairiam e evitar a entrada de Forídeos que já estavam rondando, eles chegam junto com as Abelhas Limão.
Todas as campeiram foram mortas mas dentro da caixa ainda há muitas abelhas jovens então vou deixar com a tela até que elas comecem a formar o tubo de entrada novamente e queiram sair para forragear.
22/05/2021 - Hoje elas começaram a sair e refazer o túnel de entrada, parece que vai ficar tudo bem.



Divisão de colônias pelo Método de indução

Sempre gostei de fazer experimentos, em tudo na minha vida, e lá atrás, quando comecei com as abelhas resolvi testar uma técnica que vi na internet, a divisão por indução, que consiste em fazer com que as abelhas de uma colônia já estabelecida tenham que passar por uma caixa vazia e ali gerar outra colônia.


Eu fiz isso em três colônias naturais que estavam em uma parede e após aprender mais sobre a legislação, entendi que as colônias naturais são intocáveis, por isso deixei de lado este experimento até agora.

Como eu disse anteriormente, eu fiz o experimento em três colônias naturais sendo:

1 - Uma de Mandaguari Preta em que ocorreu tudo bem com as duas colônias, mãe e filha estão hoje mais de três anos depois estão muito saudáveis.

O que pode ter acontecido foi que as abelhas Mandaguaris ocuparam a caixa vazia, construíram ninhos e a rainha se mudou para a nova caixa e iniciou as posturas, e por sorte, ao separar as caixas ainda havia uma realeira na caixa mãe que deu continuidade à colônia.

2 - Uma de Jatai em que a colônia mãe definhou até o fim, e a colônia filha estava muito bem até esta semana quando foi atacada por abelhas Limão.

Pode ter acontecido como no caso das Mandaguaris, porém ao separar a caixa não havia uma realeira viável na colônia mãe e por isso ela definhou por falta de posturas.

3 - Uma de Irai que fez apenas um túnel dentro da caixa vazia e não saiu disso até ser atacada por abelhas Limão que tomaram conta do ninho, então continuei o experimento com as Limão que fizeram a mesma coisa, um túnel dentro da caixa vazia e não se estabeleceram nela até que foram consumidas por forídeos.


Então hoje eu iniciei o experimento com uma colônia de Mandaguari Preta já bem estabelecida, que é a colônia filha do experimento anterior, para isso vou usar uma caixa modelo INPA para facilitar a visualização dentro da caixa filha.


Fiz um adaptador de madeira para poder ligar a caixa mãe com mais rapidez e assim estressar o mínimo possível as abelhas, coloquei uma mangueira corrugada preta com diâmetro interno de 10 mm e tapei as frestas com argila.


Se as abelhas Mandaguaris resolverem ocupar a caixa filha, vou observar na hora da separação se encontro a rainha nela e se tem realeiras viáveis, então vou devolver a Rainha para a caixa mãe tendo a certeza da ocupação de rainhas nas duas caixas, já que a caixa mãe é uma AF bem complicada de visualizar dentro, ainda mais se tratando de Mandaguaris.

02/04/2021 - Primeira avaliação.

Elas não fizeram um túnel até a nova saída, estão construindo por tudo, e muito.

Então conclui que elas precisam de cera para construir e comecei a fornecer.


Agora estou fornecendo muita, mas muita cera, e a obra está rendendo agora.



25/05/2021 - Está bem frio por estes dias e a obra está meio parada, mas olha como elas usaram quase toda a cera que coloquei.



06/12/2021 - Virou uma grande melgueira, fiz a separação das caixas para ver o que acontece.

21/01/2022 - Mas não é que formou uma bela colônia, a poucos dias fizeram um invólucro onde eram os potes de mel e hoje resolvi abrir o acetato, vejam que beleza.


Discos de cria bem desenvolvidos e muita atividade na colônia inteira.

Não posso afirmar com certeza sobre o que aconteceu, mas quando da separação já havia muita estrutura formada e muitos indivíduos da colônia mãe, e pode ser que quando notaram que não havia rainha, solicitaram uma enxameação urgente para a matriz.

Demora um pouco, mas agora tenho uma colônia a mais de Mandaguaris, e ao meu ver, foi muito positivo este método, sem roupas especiais e sem mais estresse que o necessário para elas.

Vou repetir o experimento mas vou começar agora para elas estar em melhores condições no inverno.






sexta-feira, 22 de maio de 2020

Mandaguari Preta (Scaptotrigona postica)

Também é conhecida pelos nomes de Mandaguari, Mijuí, Sanharão e Tibuna. É da turma das abelhinhas pretinhas e das invocadas também, ela defende muito a colonia atacando o possível invasor se enrolando nos cabelos e mordendo (não doí), principalmente tentando entrar nos orifícios (narinas e ouvidos).

Assim como a tubuna, a Mandaguari Preta exala um cheiro característico parecido com coco.


A ABELHA



As abelhas Mandaguari Preta possuem o abdome preto com listras claras amareladas ou ligeiramente prateadas e com as asas amarronzadas, ela mede de 5 a 7 mm.




Durante algum tempo fiquei chamando elas de Tubunas, mas após ser alertado de que as asas estavam meio amarronzadas demais para ser Tubunas me aprofundei mais e conclui que são Mandaguaris, mas com as listras abdominais um pouco mais claras que o amarelo que lhes são comuns, quase prateados.

Na Foto abaixo na imagem 1 elas estão totalmente Tubunas,  na 2 ja estavam mais Mandaguaris e na 3 tem uma captura vídeo acima do momento em que uma bate as asas e mostra varias listras amareladas alem de que as asas estão bem mais amarronzadas agora.




Abaixo um vídeo delas quando a produção está atrasada.



COM QUEM ELA SE PARECE

Há muita semelhança entre as Scaptotrigonas tanto que foram criadas tabelas para comparar.

Ainda há a comparação com outras abelhinhas "pretinhas", com tabela também.


O TUBO DE ENTRADA


Seu tubo de entrada é como uma corneta, sempre muito aberta no final, mede de 3 a 4 cm , é bem largo (cerca de 2 cm).

O NINHO

As operárias constroem vários favos de cria (ou discos de cria) horizontais ou até espirais no centro do ninho. Esta câmara de cria é cercada por camadas de cera, chamado de invólucro, o que ajuda a manter um clima constante na câmara de incubação e no entorno deste invólucro são construídos potes de alimento com mel ou polem.
As rainhas são "Produzidas" em células reais (Realeiras), que são células de cria diferenciadas no tamanho (maiores) que recebem mais alimento e que já contem uma princesa se formando desde o inicio.


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Abelha-de-Óleo (Centris tarsata)

Abelha Solitária
Também conhecida como Mamangava-Pardinha ou Abelha da Acerola. 


Apresenta médio porte e tem pilosidade amarela esverdeada na cabeça e no tórax. Coleta pólen, néctar e óleo de flores de diversas espécies nativas e cultivadas sendo considerada uma excelente polinizadora. Possuem a habilidade de vibrarem as anteras poricidas para coletar pólen. 
São grandes polinizadoras das culturas de Acerola e Caju.


Esta espécie pode construir seu ninho em cavidades pré-existentes, isto é, em células abandonadas de vespas e outras abelhas, em orifícios de madeira, troncos de árvores e em ninhos-armadilha.
Na foto abaixo, exemplos de Hotéis que empresto para elas nidificar.





02/04/2021 - Mais uma cena em um dos hotéis que fiz para elas. Esta está depositando cera para fechar a entrada.




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