segunda-feira, 15 de março de 2021

Ataque de abelha Limão contra Jataí


Ocorreram dois ataques de abelha limão em uma semana, a única coisa a considerar é que foram caixas bem consolidadas e sem túnel labirinto, que isso fique guardado como registro.

Tenho notado um aumento de relatos sobre ataques de abelha Limão estes dias.

No segundo ataque tentei a técnica da fumaça mas não surtiu muito efeito, pelo menos nas abelhas, porque em mim deu dois dias de ansiedade, pensa num ex fumante tendo que dar  baforadas de fumo de rolo, muito tenso.

Só consegui salvar o mel e a cera, vou usar para fazer atrativo, extrato de própolis e alimentar as outras abelhas.

Logo em seguida apareceu uma horda de forídeos vasculhando os espólios, me deu muita preocupação com as outras caixas, fiquei dois dias de plantão.

Vejam as cenas, são fortes.




18/05/2021 - hoje tive outro ataque mas consegui intervir a tempo, elas estavam iniciando a invasão. As abelhas limão ficam na entrada exterminando todas as Jatais que saem e que entram, é uma batalha intensa e como a colônia de jatais era forte houve muita resistência, o que me proporcionou o tempo necessário para intervir.
A caixa tem túnel labirinto e com certeza isso colaborou para atrasar a entrada das invasoras.
Retirei da entrada todas a Limão que me foi possível e também abri a caixa para verificar a situação, ainda não tinham invadido em quantidade que poderia ser prejudicial, então coloquei uma tela bem fina na entrada para recolher as que ainda sairiam e evitar a entrada de Forídeos que já estavam rondando, eles chegam junto com as Abelhas Limão.
Todas as campeiram foram mortas mas dentro da caixa ainda há muitas abelhas jovens então vou deixar com a tela até que elas comecem a formar o tubo de entrada novamente e queiram sair para forragear.
22/05/2021 - Hoje elas começaram a sair e refazer o túnel de entrada, parece que vai ficar tudo bem.



Divisão de colônias pelo Método de indução

Sempre gostei de fazer experimentos, em tudo na minha vida, e lá atrás, quando comecei com as abelhas resolvi testar uma técnica que vi na internet, a divisão por indução, que consiste em fazer com que as abelhas de uma colônia já estabelecida tenham que passar por uma caixa vazia e ali gerar outra colônia.


Eu fiz isso em três colônias naturais que estavam em uma parede e após aprender mais sobre a legislação, entendi que as colônias naturais são intocáveis, por isso deixei de lado este experimento até agora.

Como eu disse anteriormente, eu fiz o experimento em três colônias naturais sendo:

1 - Uma de Mandaguari Preta em que ocorreu tudo bem com as duas colônias, mãe e filha estão hoje mais de três anos depois estão muito saudáveis.

O que pode ter acontecido foi que as abelhas Mandaguaris ocuparam a caixa vazia, construíram ninhos e a rainha se mudou para a nova caixa e iniciou as posturas, e por sorte, ao separar as caixas ainda havia uma realeira na caixa mãe que deu continuidade à colônia.

2 - Uma de Jatai em que a colônia mãe definhou até o fim, e a colônia filha estava muito bem até esta semana quando foi atacada por abelhas Limão.

Pode ter acontecido como no caso das Mandaguaris, porém ao separar a caixa não havia uma realeira viável na colônia mãe e por isso ela definhou por falta de posturas.

3 - Uma de Irai que fez apenas um túnel dentro da caixa vazia e não saiu disso até ser atacada por abelhas Limão que tomaram conta do ninho, então continuei o experimento com as Limão que fizeram a mesma coisa, um túnel dentro da caixa vazia e não se estabeleceram nela até que foram consumidas por forídeos.


Então hoje eu iniciei o experimento com uma colônia de Mandaguari Preta já bem estabelecida, que é a colônia filha do experimento anterior, para isso vou usar uma caixa modelo INPA para facilitar a visualização dentro da caixa filha.


Fiz um adaptador de madeira para poder ligar a caixa mãe com mais rapidez e assim estressar o mínimo possível as abelhas, coloquei uma mangueira corrugada preta com diâmetro interno de 10 mm e tapei as frestas com argila.


Se as abelhas Mandaguaris resolverem ocupar a caixa filha, vou observar na hora da separação se encontro a rainha nela e se tem realeiras viáveis, então vou devolver a Rainha para a caixa mãe tendo a certeza da ocupação de rainhas nas duas caixas, já que a caixa mãe é uma AF bem complicada de visualizar dentro, ainda mais se tratando de Mandaguaris.

02/04/2021 - Primeira avaliação.

Elas não fizeram um túnel até a nova saída, estão construindo por tudo, e muito.

Então conclui que elas precisam de cera para construir e comecei a fornecer.


Agora estou fornecendo muita, mas muita cera, e a obra está rendendo agora.



25/05/2021 - Está bem frio por estes dias e a obra está meio parada, mas olha como elas usaram quase toda a cera que coloquei.



06/12/2021 - Virou uma grande melgueira, fiz a separação das caixas para ver o que acontece.

21/01/2022 - Mas não é que formou uma bela colônia, a poucos dias fizeram um invólucro onde eram os potes de mel e hoje resolvi abrir o acetato, vejam que beleza.


Discos de cria bem desenvolvidos e muita atividade na colônia inteira.

Não posso afirmar com certeza sobre o que aconteceu, mas quando da separação já havia muita estrutura formada e muitos indivíduos da colônia mãe, e pode ser que quando notaram que não havia rainha, solicitaram uma enxameação urgente para a matriz.

Demora um pouco, mas agora tenho uma colônia a mais de Mandaguaris, e ao meu ver, foi muito positivo este método, sem roupas especiais e sem mais estresse que o necessário para elas.

Vou repetir o experimento mas vou começar agora para elas estar em melhores condições no inverno.