Sempre gostei de fazer experimentos, em tudo na minha vida, e lá atrás, quando comecei com as abelhas resolvi testar uma técnica que vi na internet, a divisão por indução, que consiste em fazer com que as abelhas de uma colônia já estabelecida tenham que passar por uma caixa vazia e ali gerar outra colônia.
Eu fiz isso em três colônias naturais que estavam em uma parede e após aprender mais sobre a legislação, entendi que as colônias naturais são intocáveis, por isso deixei de lado este experimento até agora.Como eu disse anteriormente, eu fiz o experimento em três colônias naturais sendo:
1 - Uma de Mandaguari Preta em que ocorreu tudo bem com as duas colônias, mãe e filha estão hoje mais de três anos depois estão muito saudáveis.
O que pode ter acontecido foi que as abelhas Mandaguaris ocuparam a caixa vazia, construíram ninhos e a rainha se mudou para a nova caixa e iniciou as posturas, e por sorte, ao separar as caixas ainda havia uma realeira na caixa mãe que deu continuidade à colônia.
2 - Uma de Jatai em que a colônia mãe definhou até o fim, e a colônia filha estava muito bem até esta semana quando foi atacada por abelhas Limão.
Pode ter acontecido como no caso das Mandaguaris, porém ao separar a caixa não havia uma realeira viável na colônia mãe e por isso ela definhou por falta de posturas.
3 - Uma de Irai que fez apenas um túnel dentro da caixa vazia e não saiu disso até ser atacada por abelhas Limão que tomaram conta do ninho, então continuei o experimento com as Limão que fizeram a mesma coisa, um túnel dentro da caixa vazia e não se estabeleceram nela até que foram consumidas por forídeos.
Então hoje eu iniciei o experimento com uma colônia de Mandaguari Preta já bem estabelecida, que é a colônia filha do experimento anterior, para isso vou usar uma caixa modelo INPA para facilitar a visualização dentro da caixa filha.
Fiz um adaptador de madeira para poder ligar a caixa mãe com mais rapidez e assim estressar o mínimo possível as abelhas, coloquei uma mangueira corrugada preta com diâmetro interno de 10 mm e tapei as frestas com argila.
Se as abelhas Mandaguaris resolverem ocupar a caixa filha, vou observar na hora da separação se encontro a rainha nela e se tem realeiras viáveis, então vou devolver a Rainha para a caixa mãe tendo a certeza da ocupação de rainhas nas duas caixas, já que a caixa mãe é uma AF bem complicada de visualizar dentro, ainda mais se tratando de Mandaguaris.
02/04/2021 - Primeira avaliação.
Elas não fizeram um túnel até a nova saída, estão construindo por tudo, e muito.
Então conclui que elas precisam de cera para construir e comecei a fornecer.
Agora estou fornecendo muita, mas muita cera, e a obra está rendendo agora.
25/05/2021 - Está bem frio por estes dias e a obra está meio parada, mas olha como elas usaram quase toda a cera que coloquei.
06/12/2021 - Virou uma grande melgueira, fiz a separação das caixas para ver o que acontece.
21/01/2022 - Mas não é que formou uma bela colônia, a poucos dias fizeram um invólucro onde eram os potes de mel e hoje resolvi abrir o acetato, vejam que beleza.
Discos de cria bem desenvolvidos e muita atividade na colônia inteira.Não posso afirmar com certeza sobre o que aconteceu, mas quando da separação já havia muita estrutura formada e muitos indivíduos da colônia mãe, e pode ser que quando notaram que não havia rainha, solicitaram uma enxameação urgente para a matriz.
Demora um pouco, mas agora tenho uma colônia a mais de Mandaguaris, e ao meu ver, foi muito positivo este método, sem roupas especiais e sem mais estresse que o necessário para elas.
Vou repetir o experimento mas vou começar agora para elas estar em melhores condições no inverno.