quarta-feira, 15 de maio de 2019

Forídeos, o combate.

Este post está em construção.

Veja um modelo de armadilha que estou testando AQUI.

Pânico, pânico!!!
São pequenas mosquinhas que andam muito rápido.
Os forídeos são insetos que pertencem à ordem dos dípteros. Há diversos gêneros de forídeos que podem frequentar as colônias de Meliponíneos e Apis melífera: Pseudohypocera, Aphiochaeta, Melittophora e Melanoncha. 

A Mosca


Os forídeos adultos medem de 1 a 3 mm e em nada prejudicam as colmeias, porém suas larvas alimentam-se principalmente nos potes ou células de pólen, e após consumi-los passam aos potes ou favos de mel, simultaneamente penetrando nas células de cria para alimentar-se das larvas, pupas e do pólen apodrecendo os favos, ou seja, são capazes de destruir uma colonia.
O forídeo é muito parecido com a mosca da fruta e tem o mesmo tamanho, o que os diferencia é que o forídeo é mais escuro e tem a parte posterior do tórax protuberante (uma corcunda) e a mosca da fruta normalmente tem os olhos vermelhos.


Como identificar
Ao abrir a caixa preste muita atenção a um inseto muito pequeno (bem menor que uma Jatai) que corre para se esconder onde for possível (ele corre mesmo), ou se há larvas brancas com cerca de 5 mm dentro dos potes de alimento, principalmente polem ou na lixeira, viu isso? parabém tu está com uma infestação.
Como prevenir
Há muitos métodos que foram verificados pelo senso comum ou por pesquisas cientificas indicados para a prevenção de ataques de Forídeos, os que eu vou utilizar são os que considerei mais eficazes observando relatos de outros meliponicultores.
Uma coisa já notei que é quase certa, uma colonia já solidificada dificilmente será contaminada e os relatos de infestação ocorrem em colonias recém capturadas ou divididas ou que sofreram ataques de Abelha Limão.
Métodos de manejo preventivo
Túnel Labirinto.
A teoria nos diz que uma entrada mais longa terá mais sentinelas em seu percurso e então será maior a chance de um Forídeo ser interceptado.
Em uma caixa de construção normal de jatai por exemplo, se a espessura da madeira for de 2 cm e o tubo de cera de 2 cm então haverá um percurso de 4 cm para o Forídeo entrar, já em uma caixa com um túnel labirinto de 10 cm mais a espessura  e mais o tubo de cera então o percurso será de 14 cm com muito mais sentinelas para detectarem Forídeo invasor.
Meliponicultores que usam esta técnica afirmar ter menor infestação de Forídeos.
Óleos Repelentes.
Usar os óleos de Andiroba e de Copaíba como repelentes dos Forídeos parece apresentar bons resultados e não parece afetar as ASF.
Aplicar estes óleos PUROS na madeira da caixa na parte externa, principalmente na frente e próximo ao tubo de entrada.

Papel pega inseto.
Colocar tiras de papel pega inseto nas laterais das caixas, não colocar na frente para evitar acidentes com as ASF, o papel deve ser atoxico por motivos óbvios.

Armadilhas de Monitoramento
Há quem afirme que este tipo de armadilha atraia os Forídeos para o meliponário, eu entendo que eles já estão lá e que devemos é estar atentos os níveis de infestação, desta forma vou fazer armadilhas que são basicamente garrafas PET de tamanho pequeno (300 ml ou 500 ml) com furos de 2 ou 3 mm na parte de cima e abastecidos com uma mistura de vinagre de maçã + detergente + polem, vou decantar uma vez por semana e observar a presença de Forídeos mortos, em caso de aumento na quantidade farei verificações nas colônias.

Vou fazer uma "geringonça" para atrair os forídeos e não deixar que escapem e que seja fácil de visualizar o interior. Vejam AQUI.

Manejo dos Arredores.
Manter sempre os arredores do meliponário limpos, cuidado com frutas em decomposição e com o manejo de composteiras, material orgânico apodrecido pode atrair Forídeos.

Manejo de divisões.
A fazer uma divisão não ofereça alimentação complementar no inicio, feche a entrada e ofereça cera e potes prontos para elas conseguirem se organizar e depois de 6 ou 7 dias comece a oferecer o xarope e bombons de polem, esta é a fase mais critica da colonia onde há muitos espaços vazios dentro da caixa e poucas operarias para cuidar, se possível afaste a caixa para mais de 20 metros do meliponário pois é onde se concentra a maior quantidade de forídeos.

Metodos de manejo corretivo

Nada disso deu certo e você tem uma infestação de forídeos pode-se tentar alguns métodos indicados.

Assoprar
Levar a caixa infestada a um local escuro com luz vermelha pois as abelhas não enxergam este espectro de luz e não vão ficar agitadas.
Abir a tampa e soprar dentro para expulsar as moscas, o ciclo de vida de um forídeo é de cerca de 12 dias e o da fase larval de 3 dias, então se soprarmos os forídeos para fora a cada 3 dias logo não restarão mais adultos para por ovos e nem larvas para eclodir em novos indivíduos.
Mas as moscas que foram expulsas ficarão pelo local então uma dica que eu vi é que se faça isso dentro do banheiro e depois dedetize o local para matar as moscas expulsas..

Armadilhas internas
Seguem o mesmo principio que as armadilhas de monitoramento, devem ser feitas com recipientes que caibam dentro da caixa, próximos ao potes de polem com uma mistura de vinagre de maça + detergente + polem, devem ser revisadas a cada 3 dias, aproveita e dá um assoprada.

Prevenção na Lixeira
Limpar a lixeira ou colocar uma camada de 0,3 cm de sal sobre o lixo.

Trocar de caixa
Se nada disso certo e a infestação chegar aos discos de cria novos deve-se trocar a caixa, retire a Rainha e os discos de cria maduros e o tanto de operarias que for possível e transfira para outra caixa, não leve alimentos desta caixa, tudo deve ser limpo e esterilizado de forídeos, com fogo mesmo.
Dá pra aproveitar a cera e o própolis para fazer LOÇÃO ATRATIVA.

Pesquisas e informações sobre o assunto
Estes materiais são os mais relevantes que encontrei sobre o tema:


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